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Muito há a aprender com as tradições que nos recordam que a prática espiritual não é uma experiência meramente mental, puritana e desincorporada. No hassidismo hebraico, como noutras tradições, a relação com o divino é uma experiência erótica, passional e extática. O termo hassídico para êxtase – hitlahavut – significa “estar em fogo”.

“A oração é uma forma de relação sexual com a Shekhinah [Presença Divina]. Tal como no início da relação sexual movemos o nosso corpo, assim é necessário mover primeiro o nosso corpo na oração. Depois podemos ficar imóveis sem qualquer movimento quando nos unimos com a Shekhinah. O poder do seu movimento causa uma grande excitação, pois fá-lo pensar: “Porque me movo eu? Talvez porque a Shekhinah está realmente diante de mim”. E deste grande poder ele chega a uma grande paixão”

~ Baal Shem Tov (fundador do Hassidismo), Tzavaat HaRivash 7b.